41.º Aniversário da AAACL

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Em memória do Manoel Ademaro Duarte de Almeida

Naquele dia triste e plúmbeo do mês de novembro de 2022 a notícia chegou rápida e brutal e parou a nossa respiração: Manoel Ademaro faleceu! Tinha 88 anos.

Apoderou-se nesse momento dos seus amigos o pavor incrédulo da visitação da morte e realizou-se, mais uma vez, o fascínio e o enigma do homem como navegante condenado à errância da viagem sem retorno. Mas ele nunca foi verdadeiramente embora e está de volta nesta memória que recorda a sua ausência e cumpre indeclinável dever de memória que um inexplicável silêncio tem contrariado.

Foi difícil pensar um mundo sem ele, pois um mundo sem ele não é o nosso mundo, é um mundo diminuído onde falta o gesto terno e elegante, compassivo, o olhar profundamente longo e humano desse homem que tivemos a felicidade de conhecer de perto.

Deixou um legado de grande humanismo. Uma vida feita de coragem e integridade mas também de harmonia, leveza e prazer de estar com os amigos. Existe em Manoel Ademaro uma personalidade esplendorosa e culta e uma obra que foi realizada na flor da idade e a quem os deuses, por muito o amarem, o chamaram para planos superiores e o acarinham e agasalham agora.

Manoel Ademaro era uma pessoa fraterna, generosa e sempre presente, desde o furioso incêndio juvenil de aluno do Colégio de Lamego, essa lendária instituição de ensino, ao crepuscular fogo da sua vida, ameaçado já pela doença. Perdeu-se uma vida onde os meandros subtis dos sentimentos o relacionavam com os colegas e onde pairava uma atmosfera de magia e encanto que servia de alimento a todas as grandes amizades que fez na vida.

Manoel Ademaro amou intensamente os seus colegas, o colégio de Lamego, o velho casarão da Ortigosa, o seu patrono, D. Vicente Moraes Vaz, o maior e mais conspícuo diretor que o colégio teve, artista supremo, com os mais belos saraus que o colégio e a cidade de Lamego tiveram a seu tempo.

A personalidade que perdemos, Manoel Ademaro, o nosso amigo mais íntimo, não se pode medir, mas podemos lembrar o que nos deixou, o olhar atento sobre a importância de “nós” como participantes da vida de outros; O olhar poderoso atento sobre as coisas simples e os momentos, ainda que breves, que podem transformar o trivial em excecional, a emoção pela observação o envolvimento crítico pelo amor, a responsabilidade pela consciência: as celebrações que dão razão à vida; a família e compromisso dos rituais que a ligam e guiam a vontade de encontrar em cada dia um pretexto de estar vivo, vivendo em intimidade das relações que criamos com as pessoas, os lugares e os objetos que rodeiam a nossa vida.

Manoel Ademaro ensinou-nos a ser mais na aprendizagem de vida, pela liberdade.

J. A. Rocha
Antigo aluno

 

Atividades Culturais

Sob a orientação da Associação dos Antigos Alunos do Colégio de Lamego (A.A.A.C.L.), e com a prestimosa colaboração da Câmara Municipal de Tarouca, no mês de outubro foi levada a efeito uma sessão cultural de cariz monástica/beneditina.
A realização do evento teve lugar no Auditório Adácio Pestana que, simultaneamente, englobou uma exposição de pintura, da autoria do monge beneditino Pe. Paulino Luiz de Castro, subordinado ao tema "HOUVE UM HOMEM BENTO".
Usaram da palavra: Pe. Avelino Martins da Silva (osb) diretor do Colégio de Lamego e antigo aluno, Dr.ª Amélia de Albuquerque, Dr. José Pessoa e o autor da obra.
Este acontecimento cultural já foi levado pela A.A.A.C.L., às seguintes localidades:
- Lamego (2 vezes), Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Resende, Armamar, Barcelos, Mondim de Basto, Braga, Santo Tirso, Porto, Vila Nova de Foz Côa e Tarouca.

A A.A.A.C.L. patrocinou a publicação de um livro explicativo das pinturas cujo título também é "HOUVE UM HOMEM BENTO".

A A.A.A.C.L. tem também outra exposição, esta fotográfica, de um antigo aluno, Dr. Dinis Cortes, intitulada "DOURO PATROMÓNIO NATURAL".
A mesma já visitou:
- Lamego, Peso da Régua, Armamar, Mesão Frio, Sande (Lamego) e Vila Nova de Foz Côa e Mêda.
Sobre os temas expostos, palestrou sempre com brilhantismo o seu autor e querido amigo Dr. Dinis Cortes.
É justo dizê-lo que todas estas manifestações culturais, terminaram sempre com um porto de honra generosamente oferecido pelo vice presidente da A.A.A.C.L., Dr. Pedro Martha e pelas entidades que tão bem nos têm recebido. "BEM HAJAM".
Com estas iniciativas, todos vamos saciando as saudades "DO VELHO CASARÃO DA ORTIGOSA".
 
As exposições referidas podem ser apreciadas na antiga e saudosa "CASA DA QUINTA", agora recuperada e com o novo nome de "GALERIA BENEDITINA".
 
Mais se informa que a sede da Associação dos Antigos Alunos do Colégio de Lamego (AAACL) terá lugar nesse novo espaço que será inaugurado no próximo dia 27 de Maio, aquando da festa do Antigo Aluno 2017.

Recordar é Viver

campeoes nacionais1973

Homenagem a D. Valdemar Pires, o.s.b.

 pe valdemar

 

Gostava de começar por fazer dois agradecimentos e ler uma mensagem do Exmo. Sr. Eng. José Balça, antigo aluno do Colégio:

Ao Padre Policarpo agradeço o ter-me partido o bife, sem os colegas perceberem que eu não o conseguia fazer; o ter-me espalhado “herodoide” nas canelas, depois dos jogos de futebol; a atenção com a medicação, sempre certinha, quando estava doente; o aconchegar a roupa nas noites frias na camarata dos pequenos; os castigos, justos, quando fazia asneiras!

Agradeço, também, essa memória prodigiosa, que guarda as nossas histórias de meninos, com pormenores que já esquecemos, mas que nos transportam ao passado vivido neste Colégio que é de todos nós, mas construído por vós, Monges Beneditinos. Ao Padre Policarpo agradeço a preocupação, o carinho e o afecto dispensados a todos nós.

Ao Padre Matias e, ao saudoso Padre Jorge, agradeço os treinos de voleibol e tudo o que nos ensinaram através do desporto. Treinamos durante horas, dias, semanas, meses e anos. Ao sol e à chuva. Vivemos alegrias e tristezas, sucessos e fracassos. O desporto de competição preparou-nos para a vida: a importância do esforço e do trabalho em equipa para alcançar os objectivos. Experimentamos os nossos próprios limites. Testamos o controlo das emoções. Aumentamos a confiança em nós próprios.

O Padre Matias foi o grande impulsionador do voleibol no Colégio de Lamego, junto de sucessivas gerações. Trata-se de uma obra que merece o reconhecimento de todos nós, da cidade de Lamego e do país. Parabéns. 

O Zé Balsa, na impossibilidade de aqui estar presente pediu-me para ler esta mensagem ao Padre Valdemar:

Durante a vida, conheci muitas pessoas, mas somente algumas ficaram para sempre na memória: São os Amigos.

Por vezes, pelo simples facto de terem dito uma simples palavra de conforto quando precisei, por terem disposto de um minuto da sua atenção, por ouvirem as minhas angústias, medos, vitórias, derrotas.

Isto é ser amigo: ouvir, confiar e amar o próximo.

E os amigos de verdade ficam para sempre nos nossos corações, assim como as pegadas na alma que são indestrutíveis.

O Amigo Padre Valdemar foi uma pessoa muito especial e importante na minha passagem pelo colégio: sempre pronto a ajudar, não importando quem.

Obrigado Padre Valdemar

Quando me pediram que vos falasse do Padre Valdemar, não adivinhei dificuldades, porque pensei na nossa turma do 7º ano de escolaridade, aqui hoje tão bem representada e pareceu-me fácil testemunhar o quanto o Padre Valdemar marcou cada um de nós.

Pensei no Monge Beneditino, que respondendo a um chamamento profundo de Deus, dedicou a vida ao serviço dos outros, no mais completo desprendimento dos bens materiais e na simplicidade da vida monástica.

Pensei no Monge Professor, que se dedicou, durante anos, com competência e empenho, ao ensino do Francês. Aguçou a nossa curiosidade pela pátria da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Valores que num Portugal acabado de sair da Revolução de Abril, ainda eram novidade para todos nós.

Pensei no Monge Perfeito, encarregado pela nossa educação. Disponível 24 horas por dia. Escutou com atenção as nossas dúvidas, próprias da adolescência. Esteve atento às nossas dificuldades. Preocupou-se com os sarilhos em que frequentemente nos envolvemos. Acompanhou o nosso estudo. Vigiou o nosso sono.  

Pensei no Monge Missionário que partiu para Angola, numa época de incertezas e inseguranças com a convicção da necessidade do seu sacrifício para o serviço de Deus e do próximo.

Dito isto, e é tanto, (porque se trata da vida de um Homem ao serviço de Deus e dos outros Homens); ainda ficou a sensação de que o essencial, o importante, estava por dizer.  

Na verdade, quando recordo o Padre Valdemar penso no Monge Amigo.

Viajo até à adolescência. Numa idade em que os jovens aparentam muitas certezas, não assumem as dúvidas, acreditam em verdades absolutas e estão a afirmar-se perante os outros.

Recordo as intermináveis discussões, sobre o 25 de Abril, a descolonização, os retornados, as raparigas. Discutíamos sobre tudo e sobre nada: as saídas à cidade, as autorizadas e as não autorizadas, a disciplina, os estudos e a língua francesa. (Até futebol discutíamos, eu benfiquista convicto, ele portista iludido, coitado?!).

Francamente não me lembro das nossas opiniões e pontos de vista. Não sei onde concordávamos e discordávamos. Nem sei porque discutíamos. Mas sei que o fazíamos frequentemente.

Demorei muito tempo a perceber porque é que nesses debates o Padre Valdemar estava sempre muito calmo, porque prolongava indefinidamente a discussão. Porque falava tanto dos franceses, de outras mentalidades e de outras perspectivas.

Só mais tarde compreendi que quando discutíamos, não pretendia impor-nos a sua opinião. Afinal o objectivo era mostrar-nos outras perspectivas, outras mentalidades e horizontes que desconhecíamos, num Portugal que ainda não sabíamos ser atávico e salazarento, mas que ele queria livre e moderno.

Penso que o nosso Amigo Valdemar, que é Monge, tem duas características que o definem: a tolerância e a descrição.

A tolerância traduzida na infinita capacidade para ouvir os jovens, esforçando-se para compreender os seus sentimentos, as suas emoções, o seu estado de alma, mas também a determinação em lhes rasgar horizontes, quebrar tabus e ultrapassar preconceitos. A aceitação do outro, como ele é, na sua individualidade

A descrição própria do Amigo que, consciente do muito que fez por todos nós, humildemente, nunca pediu nada em troca e sempre recusou gestos de agradecimento.

Na verdade, só depois de muita insistência aceitou estar aqui presente. E se o fez não foi para ser homenageado, mas para conviver com todos nós, os que fomos, em algum tempo, passado ou presente, “os côdeas”, como ele chamava e ainda chama aos seus pupilos.

Obrigado, Padre Valdemar.  

Dr. José Parente (ex-aluno)

31 de Maio de 2008

Torna-te sócio

AOS FINALISTAS

Caro aluno do Colégio de Lamego:

Brevemente terminarás uma importante fase da tua vida de estudante que vai ser determinante para o teu futuro como cidadão e como profissional.

O Colégio fará sempre parte da tua vida e à medida que nela fores avançando não deixarás de recordar os tempos presentes, as coisas boas, mas também as menos boas, as aulas, os exames que correm bem e os que correm mal, as brincadeiras, os jogos, os teus colegas, os teus professores, os senhores padres e restantes colaboradores.

O Colégio é isso mesmo. É esse conjunto de pessoas e de vivências que hoje dá conteúdo à tua formação e que te acompanhará no futuro.

Não deixarás nunca de ser aluno do Colégio de Lamego. No final do presente ano letivo subirás um degrau e passarás a antigo aluno do Colégio de Lamego. Mas sempre aluno…

Os antigos alunos também fazem parte do Colégio, prolongando-o e dignificando-o na sociedade, no âmbito das actividades desenvolvidas por cada um de nós.

Por isso mesmo vimos convidar-te a inscreveres-te na AAACL – Associação dos Antigos Alunos do Colégio de Lamego, que tem como “objectivo principal o de manter e revigorar os laços de solidariedade que unem todos os antigos e actuais alunos do Colégio”.

 A AAACL precisa de ti e dos teus actuais colegas. A sua continuidade e o seu futuro, enquanto associação, dependem de vós.

Por isso os sócios da AAACL deliberaram isentar do pagamento da jóia e do pagamento de quotas, durante os primeiros 5 anos, os actuais alunos que se inscreverem na associação aquando da sua saída definitiva do Colégio.

Estamos certos de que aceitarás o nosso convite. Não tem quaisquer custos e bastará que preenchas a ficha de inscrição que juntamos e que a entregues na secretaria do Colégio.

Desejamos-te um bom final de ano letivo e uma vida inteira de sucessos.

Um abraço dos Orgãos Sociais da A.A.A.C.L.

 
 

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